Tales e Shakespeare

11 de julho de 2014

…E em conjunto com outro ser pensante,
Vou tecendo duas teias,
Em um objetivo nada conflitante.

E apesar da vida ser assim…
Só “depois de algum tempo
você percebe a diferença”.

Que em nossos olhos amargos
Não podemos enxergar,
“a sutil diferença entre dar a mão
e acorrentar uma alma”.

Percebe que a vida
Não saiu como gostaríamos que assim fosse,
E aprendemos a construir nossas “estradas no hoje”,
Pois o “terreno de amanhã é incerto demais”.

Percebe que “presentes não são promessas”
E o que aqui ganhamos
São de méritos a nós ofertados,
Para o deslumbre do agora, e não do amanhã!

Compreende que “o futuro tem o costume de cair
em meio ao vão”, se não almejado…
Para o agora!
Deixado para um breve depois, incerto!

E por mais que você lute ou se importe com alguém,
“algumas pessoas simplesmente não se importam”.
Sentimo-nos imponentes acima de tudo,
De tudo que possa ocorrer.

Mas em sua reflexão de pura intimidade,
Percebe que o “que importa não é o que você tem na vida
mas quem você tem na vida”,
E que suas escolhas são hostis a você.

Não importa o quanto “os ambientes tem influências” a nós,
E sim como podemos nos erguer!
Para desiludirmos da culpa alheia.
E percebes “que somos responsáveis por nós mesmos”.

Começamos a nos comparar com o melhor que podemos ser,
Indiferente de tudo que os demais aqui dirão.
Sejam imponentes às suas próprias feridas,
Mas destemidos de um puro prazer.

Virão a ti arredios.
Mas tentarão de todas as maneiras
Controlar os seus atos,
Para que controlem você.

Inerente a quanto delicada seja uma situação,
Poupe-se para você em detrimento das emoções.
Pois “sempre existem dois lados”,
Cabendo a nós ser honesto com o ser pensante.

Será julgado de tantas formas,
Que acharás incerto para o que vier.
Então perceberás que és mais maduro.
Tem mais experiências vividas do que achavas ter.

Então começará a seguir o seu fluxo de vida,
Para espelhar-se em seus sonhos de viver!
Pois “o tempo não é algo que possa voltar”,
E o que estar por vir deva ser melhor aproveitado.

Compreende que “não importa em quantos pedaços o seu coração foi partido”,
Somos apenas poeira à beira mar,
À espera do momento certo de poder brilhar!
Mas “o mundo não para” ao ver seu pulsante aos pedaços.

Então “você aprende que realmente pode suportar,
que realmente é forte”
E “pode ir muito mais longe,
depois de pensar que não se pode ir mais”.

Passa a viver seus momentos de puro deslumbre da vida.
Percebe que tem valor!
Mais do que poderia pensar ou sonhar em ter,
“e que você tem valor diante da vida”.

Compreende que “nossas dádivas são traidoras
e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar”!
Nos desejos que dispersos aqui se fizeram…
“se não fosse o medo de tentar”.

(Tales Mendonça)