O (des)gosto do meu erro

7 de maio de 2015

Em linha reta segui…
Com o meu barco, à procura de sensações.
Um caminho linear,
ondas baixas,
apenas marolas a embebedar-me pela monotonia.
As rotas que estou a traçar são amenas,
posso até observar meu lugar de ancoragem.
Há, percebo, imensidão de possibilidades,
Minha rota, a princípio, tão calma!
Poderá trazer-me ondas altas,
tempestades que me põem a balançar.
Quem sabe naufragar!
Estou só! Adentro ao mar!
Velas afrouxadas,
leme a girar,
meu barco quase vira
devido ao erro que não pude calcular.
Fiz às pressas, impetuosamente!
Sem tempo para pensar!
Tudo se misturou…
Veio a névoa, ventos fortes e fúria em mar aberto!
Meu erro, meu desgosto,
Só conseguirei avaliar os gastos, as perdas…
quando minha âncora se aprofundar,
e cessar, prender o mar em mim.

(Tales Mendonça)

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